terça-feira, 24 de setembro de 2019

ANTONIO DE AMORIM GARCIA


Antônio de Amorim Garcia - Filho do ex-inspector da Alfândega do Ceará José Gervasio de Amorim Garcia e de sua mulher D.a Rita Antunes de Amorim Garcia, nasceu em Fortaleza a 2 de Setembro de 1850.

Seguiu em tenra edade para o Recife em companhia dos paes e após o fallecimento de José Gervasio, facto occorrido quando tinha apenas oito annos, para a capital do Rio Grande do Norte.
Em 1868 completou no Recife os estudos preparatórios e no anno seguinte matriculou-se na Faculdade de Direito, recebendo a 18 de Novembro de 1873 o diploma de bacharel em sciencias jurídicas e sociaes.
Nesse mesmo anno, pretendendo consagrar-se á magistratura, seguiu para o Rio de Janeiro, onde lhe era destinada a promotoria da Comarca de Araruama, a convite do respectivo juiz de direito, Dr. João Coelho' Bastos e do seu tio major Augusto Carlos de Amorim Garcia, empregado aposentado do Thesouro e alli residente, mas em chegando entregou-se á advocacia com o Dr. Luiz Antônio da Silva Nunes e Conselheiro Paulino Soares.
Eleito em 1874 deputado provincial pelo Rio Grande do Norte, teve de voltar a essa província a tomar assento.
De regresso ao Rio de Janeiro continuou na advocacia.
Em 1875 foi nomeado 2.° Delegado de Policia na Corte. Era ministro da justiça o Dr. Manoel Antônio Duarte de Azevedo e chefe de policia o Dr. Caetano José de Andrade Pinto.
Com este serviu o Dr. Amorim Garcia como também com o Dr. Miguel Calmon du Pin e Almeida e de um e de outro recebeu sempre inequívocas provas de confiança.
Deixou a Delegacia de policia por ter de assumir a gerencia do escriptorio do Dr. L. A. da Silva Nunes, que acceitara a presidência da Bahia.
Ao constar sua exoneração a imprensa Fluminense, e accentuadamente o “ Globo”, jornal neutro, registou seus importantes serviços á causa publica no exercício de delicada missão em cujo desempenho revelou excedentes dotes e muita aptidão.
Voltando da presidência da Bahia o Dr. Silva Nunes, continuou o Dr. Amorim a advogar no mesmo escriptorio em 1877.
As instâncias do então Ministro da Justiça, Conselheiro Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, acceitou o logar de primeiro supplente de uma das delegacias da Corte, para o qual foi nomeado por Decreto de 14 de Fevereiro daquelle anno.
Foi votado para cargos de eleição popular, no antigo Município Neutro, e serviu também, por vezes, de mesario e secretario na freguezia da Gloria, onde se deram renhidos pleitos eleitoraes.
Teve mais de um ensejo de entrar para a magistratura, por occasião de vagas que nella se abriram, entre outras nas antigas províncias do Rio de Janeiro e de Minas Geraes, para onde foi convidado pelo Dr. Francisco Januário da Gama Cerqueira, com quem cultivava as melhores relações, mas continuou na advocacia, na qual já se achava encarreirado.
Em Dezembro de 1879 voltou ao Rio Grande e ahi abriu banca de advogado, mais tarde, em 1885, foi nomeado Director da Instrucção Publica e em 1886 Delegado Especial nos exames preparatórios. Era então ministro o Barão de Mamoré cujas vistas secundou no sentido de melhorar tão importante ramo do publico serviço.
Com o advento da Republica serviu de Chefe de policia com o Governador Dr. Jeronymo Américo Raposo da Camara, a 8 de Março foi nomeado Director Geral da Instrucção Publica, em Setembro eleito deputado á Constituinte Republicana e a 4 de Novembro um dos secretários do Congresso.
Dada a scisão na representação do Rio Grande do Norte, o que teve logar por occasião da eleição presidencial, que foi feita pelo Congresso Federal, foi ainda depois disso eleito para commissões da Câmara, pelos votos da minoria opposicionista, com a qual foi sempre solidário, mantendo-se em attitude correcta. Em Setembro de 1893, votou nominalmente contra o estado de sitio. Estava em franca opposiçao ao governo federal e ao estadoal. Não voltou á Câmara Federal, apezar de ter sido candidato, sendo o pleito de 31 de Dezembro de 1899 o ultimo em que se empenhou com todas as forças. Obteve nelle o maior numero de votos, foi o candidato mais votado na chapa de seus correligionários e amigos, apresentada pelo Partido Republicano, mas não foi reconhecido deputado.
Occupa hoje em Fortaleza o logar de juiz substituto na magistratura federal do Ceará.
Durante o tirocinio acadêmico no Recife escreveu vários trabalhos literários como os que tem os titulos Escravidão, Liberdade, Notas d'alma, que foram publicados n'A Luz, jornal do Rio de Janeiro, e quando na Província escreveu edictoriaes para o Correio do Natal, redigiu com o Dr. Oliveira Santos a Gazeta do Natal e com seu irmão Commendador José Gervasio e o Dr. Amyntas Barros fundou o jornal Rio Grande do Norte, do qual foi redactor-chefe.
Foi o correspondente do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro quando sob a direcção do Dr. Luiz Joaquim de Oliveira e Castro:
Collaborou na Polyanthea distribuída em Fortaleza por occasião das festas do Tricentenario do Ceará.
Falleceu em Fortaleza a 27 de Maio de 1913.
Fonte:Diccionário Bio-bibliográfico Cearense-Barão de Studart.
Data de Nascimento:2/09/1850
Fonte – PORTAL HISTÓRIA DO CEARÁ

Augusto Carlos de Vasconcelos Monteiro nasceu em Goianinha (RN) no dia 12 de outubro de 1881, filho de Matias Carlos de Vasconcelos Monteiro e de Genuína Adelaide de Vasconcelos Monteiro.
Ingressou na Escola Militar do Ceará em 1897, mas desistiu de continuar os estudos e retornou ao Rio Grande do Norte, onde completou os preparatórios no Ateneu Norte-RioGrandense, em Natal. Em 1898 ingressou na Faculdade de Direito do Recife, concluindo o curso em 1902. Em janeiro de 1903, de volta ao estado natal, foi nomeado promotor público de Canguaretama. Em novembro de 1906 assumiu o posto de juiz de direito de Acari e em 1907 foi removido para Caicó. Ali exerceu a magistratura até 1911, dirigindo a seção local do Partido Republicano em sintonia com a corrente “pedrovelhista”, que dava continuidade às orientações de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, chefe político falecido em 1907.
No início de 1912 foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Terminado o mandato em 1914, em abril do ano seguinte foi nomeado prefeito do Alto-Acre, então um dos quatro departamentos em que estava divido o Acre, por influência de Augusto Tavares de Lira, que fora responsável pela reorganização administrativa do território quando ministro da Justiça e Negócios Interiores. Ocupou a prefeitura até janeiro de 1919, quando, em viagem do Acre para Natal, morreu na cidade de Belém, vitimado pela gripe espanhola, no dia 9 de março de 191
Foi casado duas vezes: a primeira com Amália Adelaide Simonetti de Vasconcelos Monteiro, com quem teve três filhos, e a segunda com Maria Vale Monteiro, com quem teve duas filhas. RENATO AMADO PEIXOTO
FONTES: CALIXTO, V. Resumo; CÂMARA, J. Aspecto (p.104-167); CENTENO, C. Dever; LIRA, C. Tavares; SOARES, A. Dicionário

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